COMPOSIÇÃO ISOTÓPICA DA PRECIPITAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS CLIMÁTICOS
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Abstract:
Isotopos estaveis (18O e 2H) sao excelentes tracadores da molecula de agua ao longo do ciclo hidrologico, sendo utilizados como ferramentas auxiliares na interpretacao de controles climaticos, incorporados em modelos atmosfericos de circulacao geral da atmosfera. As mudancas no estado da agua, atraves do processo de fracionamento isotopico provocam variacao do conteudo de isotopos, o que permite sua associacao com processos de condensacao durante a formacao de nuvem e consequentemente da chuva e parâmetros climaticos, como temperatura, precipitacao, umidade atmosferica, pressao atmosferica, dentre outros. Os mecanismos que controlam a composicao isotopica da precipitacao em areas tropicais nao sao muito bem definidos. Alguns estudos demonstram que a composicao isotopica da precipitacao esta relacionada a variabilidade de fatores locais, como variacao de dados meteorologicos, evaporacao das gotas de chuva durante sua queda para superficie, e ou fatores globais, como a origem da fonte de umidade da chuva, o tipo de nuvem, sistemas atmosfericos que geram a chuva e processos de recirculacao de vapor durante o deslocamento de massas de ar. Deste modo o presente trabalho, tem como objetivo apresentar quais fatores climaticos locais e ou regionais influenciam na composicao isotopica da precipitacao em Rio Claro (SP), localizada proxima ao Tropico de Capricornio. Foram coletadas 205 amostras diarias da precipitacao entre fevereiro de 2014 a dezembro de 2016, que variou de -18,36‰ a 4,89‰ (-3,93±3.49) para o δ18O, -136‰ a 43,40‰ (-17,68±29,10) para o δ2H e 1,44‰ a 26,54‰ (13,81±5,19) para o d-excess. A reta meteorica local, cuja equacao e δ2H = 8.18*δ18O + 14.55, possui inclinacao inferior a Reta Meteorica Global (δ2H = 8*δ18O + 10) e valor do excesso de deuterio maior, indicando que a composicao isotopica da precipitacao de Rio Claro esteja associada a processos de recirculacao de vapor que ocorrem durante o deslocamento de massas de ar que originam a chuva na regiao.ABSTRACT It is known that the El Niño – Southern Oscillation ( ENSO ) episodes have a great influence on South American precipitation and its extreme events during austral autumn (from March until May, MAM ) and winter (from June until August, JJA ) that occur after the ENSO peak (normally this happens on austral summer). Recent papers have studied the two types of ENSO and their influence on atmosphere–ocean system. This study analysed the influence of Central and East equatorial Pacific ENSO on South American seasonal/monthly mean precipitation and its extreme events during MAM and JJA . The composites of precipitation anomalies, during these two types of ENSO , show that there are different, even opposite patterns over South America. In MAM , there is an increased precipitation in southeastern South America and a decrease in the northeast South America during East El Niño ( EEN ) and an increased precipitation in central Brazil during Central El Niño ( CEN ). In JJA , the signs of anomaly precipitation are opposite between CEN (less precipitation) and EEN (more precipitation) over southeastern South America. The extreme precipitation events show patterns consistent with the precipitation anomaly patterns, but, normally, the changes in the frequency of extremes precipitation events affect more extensive areas than the total precipitation. If monthly or seasonal atmospheric anomalies in a certain region during one of the types of ENSO are similar (opposite) to the atmospheric anomalies associated with extreme precipitation events in this region, then there is enhancement (suppression) of the frequency of extreme events in this region during this type of ENSO .
Anomaly (physics)
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